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domingo, 4 de julho de 2010

♫ Competências e Habilidades Musicais ♫ - Parte I


Salve Salve a todos os Colaboradores e Visitantes!

O presente artigo encerra a série de artigos que começou com o artigo sobre Michael Dell , que nem é músico, mas por sua trajetória torna-se espelho para muitos profissionais inclusive nós Músicos.

Falamos ainda de Motivação Musical, Produtividade Musical e hoje encerraremos essa série de artigos com Competências e Habilidades Musicais.

Como vocês já devem ter percebido, o método que utilizo para explicar aspectos existentes na Música, principalmente relacionados ao profissional da música, segue a princípio por definições de conceitos, desenvolveimento desses conceitos e por fim a aplicação dos mesmos na profissão do Músico. Para fazer isso, utilizo conceitos da Ciência Administrativa , convertendo-as para o gerenciamento e melhoria contínua das carreiras dos profissionais da Música.


1. CONCEITO DE COMPETÊNCIA

São muitos so conceitos que podemos encontrar sobre o Termo Competência, uns mais especificos outros em sentido amplo, mas enfim, a partir do momento que se entende o núcleo do conceito, pode-se abrir um leque de inúmeras possiilidades de moldar esse termo. Vejamos a seguir:

"Com uma visão mais limitada do conceito de competência, Magalhães et al (1997), apresentam o termo como um conjunto de conhecimentos, habilidades e experiências que possibilitam um profissional desenvolver uma dada função em um tempo determinado, objetivando alcançar um determinado fim."[1]

"Lê Boterf (1995), acreditando que a competência não é um estado, muito menos um conhecimento científico, apresenta um conceito de competência como ponto central da junção de três eixos caracterizados pelo indivíduo com sua biografia e socialização, formação educacional e por último, sua experiência profissional." [1]
"Bitencourt (2002), enumera alguns aspectos fundamentais da competência que são relacionados pelos indivíduos durante as atividades de trabalho: a formação, a capacitação, a ação, a articulação de recursos, os resultados, o questionamento, o auto-desenvolvimento e a interação." [1]
Acima podemos comtmplar três diferentes definições para o termo Competência, reparem que em cada citação grifei fatores importante e que serão discutidos a seguir.

1.1 Conjunto de Conhecimentos

Ser Músico, para muitos músicos, significa apenas saber toccar um instrumento, e voi lá! Já é o suficiente, o que é deprimente! Ser Músico é ser antes de tudo artista,e quanta coisa cabe nesse "ser artista". O músico que se preza, deve entender primeiramente dos requsitos BÁSICOS da sua profissão, como entender a História da Música em um panorama geral, saber ler o sistema de grafia musical (Partituras) e desenvolver sua técnica, tanto no vocabulário de seu próprio instrumento, como agregando valores a essas técnicas. Além disso, o músico deve ao menos dominar uma língua estrangeira, visto que as melhores bibliografias se encontram em livros que são escritos em línguas como inglês, espanhol, francês, etc. Além disso, o músico deve saber expressar-se não só por meio das notas musicais, como também por meio das palavras, afinal o músico também compõe letras e é considerado em todas as eras da sociedade um grande idealizador.
Daí, ser musico é ser um pouco de tudo, e nesse conjunto de conhecimentos podemos incluir sua formação educacional e capacitação.
Infelizmente, tudo que falei acima para a maioria dos músicos brasileiros é pura utopia, pois os instrumentos e equipamentos de som, estão cada vez mais caros, o acesso ao ensino musical de boa qualidade é privilégio para poucos e o que dirá aprender uma línua estrangeira sendo que o ensino público brasileiro, me perdoem a expressão, é uma merda!! Sendo assim a maioria dos músicos do Brasil seguem o lema: "Cadê as notas que estavam aqui? Não preciso delas, basta que soem em meus ouvidos" (Marcelo D2 - Samba Makossa). Ah, ser músico brasileiro é assim mesmo, se "virando nos 30", fervendo cordas e plugando os instrumentos num radinho de pilha!! Tristeza isso...

1.2 Biogafia e Socialização

A trajetória de vida de cada um e suas experiências individuais contribuem muito para a formação da competência que o músico necessita para exercer com êxito sua profissão. Fatores como cultura, folclore e costumes são fatores definem traços da identidade musical de cada um. Além disso, as influências musicais que adquirimos no nosso processo de formação representão pontos que incidem diretamente na construção dos traços da nossa musicalidade, sendo todos esses fatores relacionados o que nos torna diferentes, com timbres, articulações que nos permite destinguir uns dos outros.

1.3 O desenvolvimento

É a fase que deve ser considerada pelos músicos como uma fase infinita, aliás por qualquer profissional. Desenvolver-se e melhorar continuamente deve ser sempre a maior meta de todo profissioanal. A busca de novos desafios, de romper novos limites e de transformar tudo isto em conquistas deve está sempre vivo dentro de nós.
Porém, para fins didáticos, trataremos apenas neste momento do desenvolvimento profissional, aquele que inclui as etapas essenciais do aprendizado base e que nos permitirá projetar vôos maiores em nossa profissão.
Ser músico é ser cidadão atuante, estando atento as mudanças, as agitações e a tudo que envolve o bem estar social. Agir nesse processo de formação também significa a busca incessante de novos conhecimentos, de novos conceitos e de novas nuances dentro da música.
É obvio que para que ocorra um desenvlvimento com o máximo de aproveitamento se faz necessário o uso de recursos, e estes vão desde livros, cds, vídeos, informática, até insrumentos e acessários, o que custa não muito barato e na maioria das vezes põe um ponto final a carreira de muitos músicos. Infelizmente o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação ainda não olharam para esta realidade...

1.4 Os resultados e o Questionamento

Ser avaliado é um mecanismo de controle do que foi absorvido e desenvolvido, embora muitas das vezes não ateste com 100% de certeza a veracidade daquilo que está sendo posto em prova. Por isso, nada mais sincero do que a auto-crítica, a auto-avaliação e o auto-questionamento. O primeiro passo para ser melhor que o concorrente é ser melhor que si mesmo.
Perguntam como fui bem?, Poderia ser melhor?, Dei realmente tudo de mim? e a mais inteligente delas: Há outro modo de fazer isso? devem ser norteadoras para o profissional.
Não precisamos inventar tudo do zero, podemos sim, melhorar o que já existe, identificando redundâncias, falhas e novos caminhos para fazê-lo bem e cada vez melhor. O que seria da técnica de double-thumb que Victor Wooten criou se ele não tivesse se questionado de como fazer slaps de outras formas? Pense nisso...

1.5 A interação

O ser humano é por natureza um ser social e por isso não vale a pena isolar-se e achar que pode e sabe tudo. Muitas idéias novas surgem por meio de conversas, pela troca de informações e por  novos contatos feitos. Socializar-se é trocar experiências e adquirir novos conhecimentos. Isso faz parte do auto-desenvlvimento do músico. Se você é brasileiro não invente querer tocar rock n' roll logo de cara, experiemente o ritmos da sua cultura local, do seu estado, do seu país! Domine o que é nativo do seu local de origem, da onde você veio, após isso sim, busque a música que está presente em outros países. A valorização do que é nosso é o passo que nos peculiares diante dos outros.

Finalizando, ser competente é dominar vários fatores da profissão, aspectos conceituais, técnicos, intelectuais, intra e interpessoais.
A próxima parte desse artigo trará o debate do termo Habilidades Musicais. Fiquem de olho.

Um grande abraço a todos e até a próxima!

As citações acima foram reiradas dos seguites endereços da web:

[1] NUNES, Marilene. Competência: Um conceito em plena construção. Postado em 5 mar. 2008 às 21:00. Disponível em: http://www.gestaouniversitaria.com.br/edicoes/114-152/555-competencia--um-conceito-em-plena-construcao.html