Páginas do fala baixo! Click e conheça mais:

terça-feira, 2 de março de 2010

Música: A Linguagem de todos os povos.


A humanidade possui vários códigos para sua comunicação, como por exemplo, signos, a linguagem verbal (língua oral e língua escrita) e não-verbal. É por meio desse sistema de comunicação, que se torna possível expressarmo-nos e estabelecer a troca de idéias e informações uns para com os outros.
Retomando as idéias dos post passados, como "O que é Música?!" e "Isso aí é Música?!", a Música também é uma linguagem, linguagem essa muito rica por sinal, pois reúne signos, códigos, linguagem verbal e não-verbal.
O mais encantador é que a Música é uma linguagem universal.
Você pode ser brasileiro, russo, chileno, japonês, italiano, americano, enfim, pode ser de qualquer nacionalidade, mas pode entender aquilo que está escrito na partitura, mesmo se ela for escrita por um cidadão de qualquer país. E o mais interessante, mesmo sem dominar a linguagem do outro, músicos de diferentes nacionalidades podem tocar juntos, se comunicar artísticamente pela música, até porque as notas escritas na pauta, cifras e as notas tocadas são as mesma, independentemente da nacionalidade de quem as toca.
Você já deve ter escutado uma música em outro idioma e já deve ter se identificado com sua estrutura musical, como a melodia, a harmonia, o ritmo, mesmo sem entender o que a letra fala. Então, quando resolve buscar o significado da letra, a tradução da música, fica surpreso porque era justamente aquilo que você imaginava (se bem que há letras que não condizem com a forma musical em que ela se manifesta, no sentido musical).
Na maioria das vezes, podemos percerber a mensagem que músicas cantadas em outros idiomas provavelmente podem está passando, pois é fácil perceber quando a música possui um clima mais melancólico, mais alegre, mais romântico, mais engraçado, enfim, no geral podemos fazer essa distinção, mesmo que a lírica não corresponda à essa estrutura.
Por falar em linguagem, queria deixar um conselho para o músico de hoje. Estudar música significa não só entender da linguagem musical propriamente dita, como teoria, pontos técnicos, mas também entender de história, de literatura, e também sobre outros idiomas.
Dominar uma língua estrangeira é muito importante para o músico, pois sabemos que existem muitos livros e métodos escritos em outras línguas, e por mais que obedeçamos o que a partitura traz, existem ainda informações que podem nos ajudar e a economizar esforços, de maneira a aumentar nossa produtividade e entendimento daquilo que o autor do método, livro ou composição quer passar.
Investir em cursos de língua estrangeira é uma opção que irá aumentar seu leque de informações, de conhecimentos e possibilidades de contato, até mesmo com músicos de outros países, além de ser algo que servirá para obter informações em infinitas áreas além da música.
Eu mesmo me dediquei a aprender uma língua estrangeira, e escolhi dominar o idioma inglês, que além de ser a língua universal (e não é a mais falada, a mais falada é o Chinês Mandarim), é que possui maior variedade de materiais de estudo.
No entanto, sabemos que no nosso país, acesso à esse tipo de instrução e conhecimento não possui um preço acessível, o que é lamentável.
Falar inglês me possibilitou oportunidades únicas na minha vida de músico. Em novembro de 2009, participei de um Festival Internacional de Contrabaixo, que além de trazer músicos nacionais como o grande Adriano Giffoni, Arthur Maia, Celso Pixinga, Ebinho Cardoso, trouxe também músicos e educadores consagrados como Todd Johnson, Jim Stinett (Professor da Berklee College of Music) e Grant Stinett.
Quando se fala uma língua estrangeira e principalmente, inglês, você já está em vantagem competitiva, pois entende na íntegra as informações passadas em um workshop por exemplo, como foi o caso do festival que participei, diferente que quem depende de tradução simultânea para entender e tirar suas dúvidas, o que ainda corre o risco de que aquilo que você realmente deseja saber possa ser passado para o visitante estrangeiro de forma um tanto que distorcida (e se torma mais agravante se o tradutor não souber os termos técnicos da música). Graças a esse conhecimento pude não só enternder as aulas, workshops e masterclasses desses baixistas e professores, como também fazer amizade com eles e conhecer histórias que quem não sabia falar inglês, com certeza absoluta não ficou sabendo.
Então, se você tem a oportunidade de estudar um outro idioma, pode apostar que é uma boa opção.
Concluindo, a Música é uma arte que une povos e não é mais um simples complemento cultural. É um campo de estudo que abre caminhos para estudar outras áreas. Ser músico (para quem é curioso) é ser um pouco de matemático, físico, escritor, poliglota, administrador, político, idealizador, fisioterapeuta, pedagogo, entre uma série de outras áreas que se relacionam com o mundo da música. E é por essas e outras, que a música é a linguagem de todos os povos!

Um aperto de mão!




Dedido este post para Bruna Guimarães, escritora, roteirista, atriz, musicista e violinista.