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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

♫ Como comprar seu instrumento - Parte II ♫




Tchubi-Dchubi-Dchubi-iê!

Continuando a tratar de como comprar um equipamento, hoje irei dar algumas dicas de como avaliar um instrumento.

Comprar um instrumento é semelhante a comprar um carro, só que em menores proporções. Se você faz um mau negócio, você perdeu tempo, dinheiro, e ainda perderá mais tempo e mais dinheiro tentando amenizar ou solucionar os problemas.

Se você for comprar um instrumento na loja ou um instrumento usado de alguém, deve observar aspectos fundamentais para o sucesso do negócio.

i) Observe inicialmente a pintura do instrumento. Olhe os detalhes, observe o instrumento contra a luz e tenta ao máximo enxergar se há riscos ou lascas oriundas de batidas no corpo do instrumento;

ii) Verifique as tarraxas, certifique de que elas estão macias e não oxidadas. Tarraxas enferrujadas e rígidas significam imprecisão na hora de afinar o instrumento. Tarraxas muito folgadas, significam que o instrumento não conseguir por muito tempo manter a afinação;

iii) Olhe os captadores e verifique se há pontos de ferrugem nos pólos dos imãs;

iv) Verifique se a ponte possui carrinhos e parafusos não estão empenados e/ou oxidados;

v) Olhe o braço do instrumento do fim da escala em direção ao headstock (mão) e verifique se não há nenhuma angulação, tanto côncava quanto convexa. Se você detectar alguma destas angulações certamente o instrumento não está regulado e/ou pior, pode está com o braço ou escala empenados. Um concerto de braço/escala está custando em média R$ 300,00 dependendo de quão empenado o braço esteja;

vi) Verifique se no braço do instrumento há um tensor, que é uma espécie de parafuso/barra de metal que serve para fazer força contra a força exercida pelas cordas, deixando assim o braço estável e possibilitando regulagens que se adaptem ao músico e afinações diferentes, sem danificar o instrumento;

vii) Se possível procure saber com quais madeiras o instrumento foi confeccionado. Fique alerta com instrumentos muito leves, pois podem ser feitos de aglomerados ou compensado, e não madeira. Faça o teste do “toc-toc”, batendo na madeira do corpo. Se o som for “seco” a madeira é sólida e densa, e for mais “leve”, a madeira pode ser bem leve ou então pode nem ser madeira;

viii) Agora teste o som do instrumento. Plug in o instrumento. Observe se há mau contato no Jack, ou se há perda de som durante a execução. Ruídos excessivos podem indicar vários problemas, desde Jack com defeito, até falha no aterramento e o pior, defeito nos captadores. Barulhos semelhantes a estrondos ou estalos podem além de danificar a parte elétrica do instrumento, pode avariar o equipamento de som a qual ele está conectado;

ix) Ao tocar o instrumento, verifique se há trastejamentos. Trastes altos podem sinalizar desníveis no braço e na escala. Verifique se cada casa produz som;

x) Após todas essas considerações, compare as condições físicas e sonoras do instrumento com o valor e a forma de pagamento que lhe é oferecida por ele.

Lembre-se, cada ponto de avaria que você encontra, significa que deve haver uma conciliação entre o preço e as condições reais do produto, isto é, não é justo lhe cobrarem um preço “x” por um produto que apresente detalhes e avarias que o desvalorizem a ponto de reduzir o seu valor de mercado. É importante ainda ressaltar que instrumentos de marcas consagradas, e com bastante idade, possuem muitas marcas visuais, no corpo, no braço, na pintura e em todo hardware, que são as famosas relics. Essas marcas do tempo, além de valorizar o instrumento dão a ele um visual vintage, além de exclusividade para quem empunhar um instrumento desses. Mas nesse caso, são outros 500...

Olhos abertos pessoal!

Um abraço enorme e até o nosso próximo post, que dará continuidade a este.

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