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domingo, 3 de abril de 2011

♫ ESPECIAL: Entrevista com Jim Stinnet ♫

 
 
Olá a todos os meus parceiros, colaboradores e visitantes!

Hoje trago para vocês uma matéria especial. Hoje irei falar de um músico formidável, de um baixista fantástico e sem dúvidas, um ser humano admirável! Estou falando de Jim Stinnett, cidadão norte americano, professor da Berklee College of Music, já tocou com músicos como Jean-Pierre Rampal, Phineas Newborn Jr., Tal Farlow, Diane Schure, Ernie Watts, Red Garland, Ernestine Anderson, "Phish", John LaPorta, Roy Hanes, Mark Elf, Boston Philharmonic Orchestra, Roy Clark,Bob Hope, GodSpell. Jim também gravou com John Laporta, Greg Hopkins, Kenwood Dennard, Bill Pierce, Mick Goodrick, and Steve Rochinski. Além disso, Jim foi professor e formou músicos como: Mike Gordon, Steve Bailey, Gregg Bissonette, and Jeff Sipe. 
 

 Além do seu alto nível de conhecimento, teórico e prático, Jim Stinnett é exemplo de simplicidade e humildade. Muito educadamente, Jim Stinnett prontamente aceitou minha solicitação para realizar essa entrevista e ficou honrado com o convite. É muito difícil ver alguém que possui prestígio, fama e um nome bem forte na música ser tão amável e entusiasmado! Jim também é autor de muitos trabalhos bibliográficos, incluindo métodos famosos voltados para o ensino do jazz, leitura musical, harmonia, entre outros. Confira abaixo a entrevista feita com Jim Stinnett há poucas horas atrás! (03 de Abril de 2011)

Legendas: RR (Roberto Reis) JS (Jim Stinnett)

RR: Qual é o seu nome completo?

JS: James Harrison Stinnett

 
 
RR: Como você começou na música?

JS: Primeiro, eu aprendi a tocar guitarra com meu pai quando eu era muito jovem. Meu pai tocava música country todas as noites nos clubes. Depois de poucos dias tocando guitarra, ele me levou para suas gigs. Quando eu tinha 15 anos comecei a tocar baixo. Na minha casa havia sempre muita música enquanto crescia. Meu irmão e meus tios tocavam muito bem.


RR: Por que você escolheu o baixo? 


JS: Às vezes, quando tocava com meu pai e outros guitarristas, nós precisávamos de um baixista. Então, como eu era o mais jovem, fui escolhido para tocar baixo. Eu comecei usando o baixo do meu tio Raymond, que era um Precision Bass de 1959. Logo em seguida, eu já tocava com meu próprio baixo, um Gibson EBO de 1966. Rapidamente, comecei a gostar de tocar mais baixo do que guitarra. Eu tinha mais controle e segurança na música. Nessa época (estava no ensino médio) aprendi todas as músicas populares e tocava em gigs com meus amigos em bandas de rock. 
 

RR: Além do baixo elétrico, quais são os outros tipos de baixo que você toca?

JS: Na faculdade me apaixonei por jazz. Nos discos que eu comprava, a maioria dos baixistas estavam tocando baixo acústico. Então, com 19 anos eu comecei a aprender baixo acústico.Era muito difícil e dolorido para os dedos, mas eu amava! Desde então, eu toco baixo acústico. Estudei música clássica por 10 anos. Quase me tornei um músico de orquestra sinfônica. Meu pai era dono e trabalhava numa pequena loja de instrumentos musicais quando eu estava crescendo e eu tinha acesso a quase todos os tipos de baixos clássicos das décadas de 1950 e 1960.

RR: Qual é o segredo para ser um bom músico?

JS: Primeiro você deve amar praticar. Todo mundo deseja ser um grande músico, mas quem quer trabalhar e praticar para chegar até lá? Muitos de nós não somos talentosos o suficiente para sermos bem sucedidos sem praticar e fazer um trabalho árduo. Segundo, você deve ACREDITAR em si mesmo! Há muitos obstáculos ao longo do caminho. Somente sua fé irá manter você no caminho. Você acredita que chegará lá se você desistir? Geralmente as coisas ao nosso redor irão tentar nos derrubar. Você deve ACREDITAR NOS SEUS SONHOS!
 
 
RR: O que você mais diz para os seus alunos?

JS: Pratiquem! Tenha um bom professor e faça o que ele diz. Pratique. Sucesso é uma atividade planejada, não sorte.

 
 
RR: No geral, qual é a principal dificuldade que você observa nos seus alunos?

JS: Os alunos desejam ser bons, mas não querem pagar o preço por isso. Todo sucesso requer sacrifícios.


RR: Qual é a principal característica dos baixistas brasileiros?

JS: EXTREMAMENTE talentosos! Cheios de energia! Grande sensibilidade e musicalidade! PÉSSIMOS praticantes. Improvisam demais e esperam se tornar grandes músicos.


RR: Você prefere baixos de 4, 5 ou 6 cordas? 


JS: Haha, TODOS eles. Com 3, 2, e até 8 cordas. Eu uso diferentes baixos para diferentes tipos de estilos e ocasiões. Aprenda todos!


RR: Se você não fosse músico, o que você seria?

JS: Treinador esportivo.


RR: Se você tivesse outra chance, você mudaria alguma coisa?

JS: Eu pensaria mais alto. Eu não enxergava o potencial que eu tinha. Eu teria praticado MUITO mais. Eu teria aumentado minhas metas!


RR: Qual são as coisas mais importantes na sua vida?

JS: Minha família é muito importante para mim. Eu tenho uma esposa amável, Jamie, por 33 anos. Meus filhos, Jessie, Grant e Sarah, são pessoas maravilhosas, honestas, educadas, e grandes sonhadores. Eles são os melhores filhos do mundo, que eu poderia morrer hoje, um homem feliz e satisfeito.


RR: Você é um homem um profissional realizado e um homem feliz. Então, qual é o seu sonho atualmente?

JS: Algo GRANDE! Sonho em ensinar baixo para alunos do mundo inteiro. Quero ajudá-los a desenvolverem sua visão para a música e para sua realização pessoal. Eu sou muito afortunado por ter a habilidade de influenciar a vida das pessoas de uma forma positiva. Nós temos um pequeno grupo para baixistas que está se expandindo pelo mundo. Nós queremos ensinar mais pessoas como buscarem seus sonhos na música e de forma divertida.

Celso Pixinga é meu herói e mentor. Ele tem enriquecido vidas através da comunidade dos baixistas por 30 anos. Meu sonho quando crescer é ser como Celso Pixinga.



RR: Além de jazz, o que você tem escutado nos dias de hoje?

JS: Eu não tenho escutando muito jazz atualmente. Estou escutando algumas músicas pop. Também gosto dos conjuntos de baixistas que estão surgindo atualmente. Honestamente, eu tenho escutando mais os projetos e trabalhos que a nossa comunidade do contrabaixo tem feito. Eu dedico muito tempo compondo, fazendo arranjos, mixando, gravando, tocando. Então, isso é o que eu mais tenho ouvido.


RR: Para finalizar, qual é a sua mensagem para os baixistas brasileiros?

JS: Acredite que você possa ser bem sucedido. Esteja disposto para pagar esse preço. Todos nós iremos enfrentar desafios na vida. Você pode responder a essas dificuldades dizendo: “Eu não consigo fazer isso” ou você pode dizer: “Eu posso fazer isso”. A escolha é sua. Se você pensa que pode, ou pensa que não pode, você está certo.

Obrigado Roberto pela oportunidade de compartilhar meus pensamentos. É uma honra. 
 
Roberto Reis e Jim Stinnett (Novembro, 2009)

Bom, pessoal, vejamos que de uma simples entrevista, tivemos uma aula sobre a música mais difícil de tocar, a VIDA. Espero que guardem esses ensinamentos desse grande mestre e usem em suas vidas!

Deus abençoe abundantemente a todos nós!



Obrigado Jim Stinnet!!!

2 comentários:

  1. Tive oportunidade de fazer um curso com o Jim, com o Grant e com o Todd Johnson em 2011

    Metodologia de ensino sensacional e muito carisma.

    Agora em maio começo um outro curso com ele.

    Excelente baixista e professor.

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